Capa do Passaporte

Apresentação do Passaporte

Apresentação Passaporte

No contexto da criação do novo passaporte brasileiro, a iconografia assumiu um papel de destaque que transcendeu a mera ornamentação, revelando-se como uma janela para a identidade do povo brasileiro. Uma representação visual da riqueza e da diversidade que definem o Brasil. A iconografia presente nas páginas do passaporte é fundamental para o estabelecimento de uma conexão entre o indivíduo e sua pátria. Cada imagem, ilustração e fotografia selecionada foi cuidadosamente escolhida para capturar a essência do país – seja através das paisagens naturais deslumbrantes, das manifestações culturais vibrantes ou das narrativas históricas marcantes.

A iconografia transcende as barreiras linguísticas e culturais, permitindo que a identidade brasileira seja compartilhada e compreendida de maneira universal. Ao incorporar elementos icônicos que caracterizam a nação, o passaporte brasileiro se torna uma declaração visual da identidade da nação. Cada imagem escolhida lembra os portadores da riqueza cultural e histórica que eles representam, não apenas para si mesmos, mas também para o mundo.

A Casa da Moeda do Brasil, a Polícia Federal e o Ministério das Relações Exteriores ressaltam a importância da colaboração entre os artistas, fotógrafos, ilustradores e demais envolvidos. Cada contribuição enriqueceu a narrativa visual de maneira única e especial. Através desse conjunto de esforço, a iconografia do documento se tornou um elo entre a criatividade individual e o propósito coletivo de representar o Brasil de forma autônoma e impactante.

As contribuições de todos que colaboraram para o projeto iconográfico do novo passaporte brasileiro, creditados nesta seção, são uma expressão do nosso respeito pela riqueza da iconografia brasileira e um tributo à criatividade, pesquisa e dedicação de todos os envolvidos. Cada imagem é uma peça vital deste projeto, um testemunho do esforço coletivo que moldou o primeiro passaporte temático da história do nosso país.

CAPA

A nova capa do passaporte é um testemunho da nossa identidade nacional, enaltecendo símbolos emblemáticos de maneira inovadora e segura. A capa mantém às Armas da República em destaque, aplicadas em película termoadesiva dourada. A grande novidade é a estilização da Bandeira Nacional em relevo seco, discretamente timbrada na lateral direita da caderneta. Além de ser uma representação visual de nossa nação, essa adição é um poderoso aprimoramento de segurança. O relevo seco, ao ser tocado, confirma a autenticidade do passaporte, proporcionando uma camada adicional de confiança e proteção contra possíveis falsificações.

CONTRACAPA E PÁGINA 01

Os fundos de segurança desta seção utilizam elementos marinhos do mural do Palácio Capanema, obra de azulejaria de Cândido Portinari.
Aparecem também padrões baseados nas representações das águas das cerâmicas marajoaras e corais. Os elementos da contracapa são impressos em calcografia, e a imagem latente traz a sigla BRA no casco da tartaruga. Em destaque há um farol, uma canoa caiçara e animais da nossa fauna marinha, como botos, a tartaruga verde, cavalo-marinho, água-viva, entre outros.

PÁGINAS 02 E 03

Para o fundo de segurança da seção Cerrado/Brasília, temos uma composição geométrica com elementos da azulejaria de Athos Bulcão.

PÁGINAS 04 E 05

Além do já citado fundo de segurança com a azulejaria de Athos Bulcão, os elementos que ilustram essa dupla de páginas dedicadas ao Cerrado/Centro-Oeste são a siriema, a flor da lobeira, a coruja buraqueira e o pequi com suas flores.

PÁGINAS 06 E 07

Os fundos de segurança desta seção são compostos por um padrão geométrico inspirado no calçadão de Copacabana (RJ) e um padrão “arlequinado” aludindo ao carnaval. Na faixa lateral, um padrão geométrico das calçadas da cidade de São Paulo (SP). As imagens em destaque são as pipas (muito presentes nos céus dos subúrbios cariocas), o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o mico-leão-dourado e o tucano, animais nativos da Mata Atlântica.

PÁGINAS 08 E 09

Nestas páginas, as imagens em destaque são a Praça da Apoteose no sambódromo do Rio de Janeiro, dois dos profetas esculpidos por Aleijadinho para Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, no município de Congonhas (MG), uma espécie de bromélia e outra de beija-flor nativos da Mata Atlântica.

PÁGINAS 10 E 11

Aqui os destaques são agogô e pandeiro, instrumentos fundamentais do samba. Da fauna da Mata Atlântica temos a onça-pintada e a capivara. No canto inferior direito, temos a Pedra da Cebola, ponto turístico do Parque Municipal de Vitória (ES).

PÁGINAS 12 E 13

O fundo de segurança desta seção traz xilogravuras do artesão de Juazeiro do Norte (CE) Francorli, e uma composição geométrica inspirada nas estrelas de couro dos chapéus do cangaço. A faixa lateral é uma peça de renda filé das artesãs de Alagoas. Nestas páginas a flora da caatinga está representada pelo mandacaru e sua flor; a fauna pelo carcará, ambos muito citados em músicas e literatura de cordel. As esculturas representam o personagem característico do festejo do Reisado “Mateu no Jaraguá”. Na página 13, outra representação do mesmo personagem em outro momento, o “Mateu no boi”. Ambas esculturas do artesão Arnaldo, de Pernambuco.

PÁGINAS 14 E 15

Nesta dupla de páginas temos duas esculturas em argila, uma representando as festas juninas e a outra retirantes. Ambas são obras de Maria de Lourdes Cândido, artesã de Juazeiro do Norte (CE). A fauna da Caatinga está representada pela asa-branca, aspecto da fauna da região imortalizado na canção de Luiz Gonzaga, e pelo sagui-de-tufo-branco.

PÁGINAS 16 E 17

Na página 16, temos uma canoa e uma escultura representando um sanfoneiro, músico emblemático do forró, também obra do artesão Arnaldo. Na página 17, um berimbau e o casario típico das cidades interioranas do Nordeste, neste caso a cidade de Marechal Deodoro, em Alagoas.

PÁGINAS 18 E 19

O fundo de segurança da seção Norte/Amazônia traz detalhes do gradil do Mercado Ver-O-Peso de Belém (PA). Em outras interseções vemos padrões típicos da cerâmica marajoara e exemplos de padrões usados pelos artesãos de Santarém para enfeitar as cuias que fabricam. A faixa lateral também apresenta um desses padrões das cuias. Como elementos representativos da flora desta seção, nestas páginas temos a castanha-do-pará e o guaraná. No artesanato, um vaso de inspiração marajoara dos artesãos de Icoaraci, no Pará. Da arquitetura, destacamos o Teatro Amazonas, em Manaus.

PÁGINAS 20 E 21

A flora está retratada pela palmeira de carnaúba, muito utilizada para o artesanato e fins comerciais. A fauna aparece caracterizada por um dos diversos anfíbios amazônicos e pelo peixe pirarucu. Os elementos culturais são a boneca Ritxòkò confeccionada em barro pelas mulheres da etnia Karajá (habitantes das margens do Rio Araguaia do Tocantins até o Mato Grosso) e também o balaio e o machado utilizados na quebra do coco babaçu, trabalho em fibras dos artesãos de Novo Airão (AM).

PÁGINAS 22 E 23

Muito emblemática, a vitória-régia é presença obrigatória quando se fala em flora da Região Amazônica. Representando a fauna, a harpia (ou gavião-real). Para o aspecto cultural, temos os instrumentos musicais fabricados pelo povo Ashaninka (AC) e o artesanato de capim dourado do Jalapão (TO).

PÁGINAS 24 E 25

Para esta seção, o fundo de segurança traz padrões das tecelagens locais e da pintura corporal do povo Kadiwéu, que vive hoje em território localizado no Estado do Mato Grosso do Sul. Na faixa lateral, foi utilizado uma guaiaca, cinto de couro usado pelos gaúchos que migraram e colonizaram a região estabelecendo fazendas, especialmente de soja e gado. O Pantanal tem grande variedade de aves. Nesta página dupla temos a curicaca e um tuiuiú (ave símbolo do Pantanal). Completando a composição, um jacaré e uma chalana, meio de transporte comum nos rios da região.

PÁGINAS 26 E 27

Nestas páginas temos o cervo-do-pantanal e um gavião-belo. Abaixo, à esquerda, violas-de-cocho, patrimônio cultural da região, e na página oposta, o berrante.

PÁGINAS 28 E 29

A Região Sul tem como característica a mescla da cultura de imigrantes relativamente recente para a história do país. Por isso, o fundo de segurança desta seção traz uma seleção de imagens que busca retratar esta mistura: uma paisagem com araucárias e um padrão criado a partir de uma peça de renda de bilro, trazida pelos colonizadores dos Açores. Já a faixa lateral, é uma peça de bordado ucraniano de Itaiópolis, em Santa Catarina. Nesta dupla de páginas temos: a bota, laço e boleadeira; as Pêssankas, ovos decorados de origem ucraniana; a renda de bilro armada de Florianópolis, tradição vinda com os açorianos; e o caxinguelê.

PÁGINAS 30 E 31

O elemento cultural em destaque na página 31 é a boneca artesanal de palha de milho, artesanato de origem alemã difundido em Santa Catarina pela família Horn. A fauna e a flora são representadas pelas emas dos banhados, a pinha (fruto do pinheiro), sementes de pinhão (fruto da araucária) e a gralha azul. Esta espécie de gralha é a ave símbolo do Paraná e segundo a lenda, é responsável pela manutenção da floresta de araucárias, ao enterrar as sementes do pinhão que darão origem à novas árvores.

PÁGINAS 32 E 33

Os destaques da página 32 são a cuia de chimarrão e o tamanduá. Na 2ª contracapa, impressos em calcografia em duas cores, temos: Palácio de Cristal, estufa do Jardim Botânico de Curitiba; o monumento em homenagem a Anita Garibaldi, em Laguna/SC; as ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. Ao fundo, um exemplo da renda de bilro, artesanato típico de Florianópolis.